Etarismo ou ageísmo deriva da palavra em inglês “aging” que significa preconceito por idade.
De acordo com o dicionário (nosso dicionário): “Discriminação ou preconceito em razão da idade, nomeadamente aversão a pessoas mais velhas ou à própria velhice; ageísmo ou idadismo.”
Recentemente, estava lendo o livro de Simone de Beauvoir intitulado A Velhice, que é um livro que, como o título define, retrata a velhice sobre relatos históricos e avaliação pessoal da autora acerca do tema. Li muitas histórias interessantes de como a sociedade em séculos diferentes, via o idoso como fardo, como algo repugnante, como alguém a ser eliminado muitas vezes através da morte por não ser mais útil ou bonito para um povo ou suas famílias.
No decorrer da leitura, fui observando um olhar mais analítico acerca do tema, não de minha parte, mas da sociedade que a essa altura da leitura estava evoluindo. Com isso, o olhar para os idosos por parte da sociedade e da familia, evolui também tornando-se menos preconceituoso e mais participativo. A medicina acompanhou a evolução, aumentando extraordinariamente a qualidade e a expectativa de vida dos idosos, que hoje podem ocupar qualquer lugar, atividade, realizar sonhos e desejos.
Estamos no século 21, e parece que resolvemos involuir, espera-se o contrário creio, mas esta semana tomei conhecimento de uma fofoca digital digamos assim, de alunas deselegantes e desafortunadas de uma universidade particular em São Paulo, graduação de Biomedicina, que cometeram o Etarismo com uma mulher adulta ainda jovem (40 anos), matriculada no mesmo curso e turma que elas, infelizmente (para a jovem adulta). Ou seja, andamos para trás, o que não me parece normal, já que, mais uma vez, o processo ideal seria evoluir e não o contrário.
A questão relevante é que todos nós seremos velhos um dia, estamos no processo porque ninguém para de envelhecer, mas a alma, a crença, o pensamento, estes sim podem nem corresponder ao estado do corpo provocado pela idade, depende do que você quer e acredita que pode fazer, ou ainda de quanto preconceito você tem, que te prende e te arrasta para a velhice arrebatada dos séculos anteriores, de modo degradante, triste e abandonada, o que ocasionalmente pode acontecer com pessoas como essas.